A Red pill não é o mesmo que liberdade!

A parte mais difícil pros rapazes que entram nessas comunidades “red pill” da androsfera, não é de se libertar do apego emocional, da imagem de santidade das mulheres que foi construída na sua mente.
Não.
A parte mais difícil é se livrar da autodepreciação.
Quando você está na fase da raiva (orange pill), em algum momento você precisa reconhecer os verdadeiros motivos dessa emoção.
Não minta pra si mesmo — essa é a pior mentira q você poderia contar.
Não diga que você é indiferente, quando na verdade ainda se importa.
Quando o nosso desejo é contrariado, começa a se formar o sofrimento. Tudo o que a sua mente precisava fazer era te levar naquela direção, mas a realidade confrontou o teu desejo como um soco no estômago.
Quando isso ocorre, precisamos entender que projetamos uma raiva no mundo que na verdade é uma emoção mais profunda do que se imagina.
A culpa. O arrependimento. A vergonha…
“Como eu me comportei como escravo todo esse tempo?”
“Como eu fui burro!”
“Como me humilhei tanto por nada?”
Esteja atento a esses sinais. Pois a red pill se trata de “tomar consciência sobre”, mas red pill não é a fórmula da liberdade.
O seu ponto de partida é se reconhecer. Olhar no espelho e ver o que você acha asqueroso em si mesmo.
Reconhecer os fragmentos que estão sujos dentro da sua alma.
Quero que você entenda isso:
Não é culpa sua. Suas experiências de vida programaram o seu destino.
E também não é culpa dos outros. Eles também passaram pelo mesmo processo programativo.
MAS, é sua culpa continuar do jeito que está. Você já tomou consciência da realidade, e agora precisa ressignificar essa realidade. E a primeira coisa a se fazer é parar de se autodepreciar.
São toneladas de conteúdos que falam q a sua jawline não é a certa. Que a sua altura não é a certa. Que seu peso não é o certo. Que o seu cabelo não é o certo. Que o seu pinto não tem o tamanho certo. Que você não tem o emprego certo. Que você não ganha a quantidade certa de dinheiro. Que você não tem o QI certo. Que morar com os pais é coisa de fracassado. Que os seus hobbies são coisa de fracassado.
Isso em nada vai mudar a sua vida positivamente. Isso só vai fazer você se sentir um merda.
“Ah, é por isso que eu sofro? É porque não bato com os padrões sociais? É por isso que eu não sou aceito?”
Os PUA’s são a maior evidência disso na androsfera (aqueles sociopatas). Eles te deram um “neg” e você nem percebeu. Fizeram você se sentir um fodido pra depois te vender curso de “como ser foda” e se encaixar nos padrões que eles fizeram você acreditar, até porque eles também acreditam.
Eles alimentam a máquina de destruição dos homens e meninos, e tudo isso por causa de dinheiro.
Porém, existem outros, que são agentes inocentes. Vem com uma história de “construção do novo homem”, e que se você não fizer isso ou aquilo não se tornará um homem de verdade.
Mais um conceito para te autodepreciar. Para te encaixar em algum padrão que eles acham o correto. O ganho aqui não é exatamente o dinheiro, e sim uma satisfação, talvez, narcísica. Vamos entender que os ganhos nem sempre tem a ver com o dinheiro.
Também existem outros, mal intencionados ou não, que dizem “você precisa fazer por si mesmo, não pelos outros!” Mas o que eles falam não é congruente com a sua própria vida. São angustiados, ressentidos, ainda na fase da raiva… É um cego querendo guiar outro cego.
Reajustando o foco seletivo
Se reconhecer no outro é algo que a sua mente fazia quando você era um bebê, pois era preciso preencher o conteúdo referencial e buscar correspondências para sua evolução.
Mas você tem mais de 3, 4 anos de idade, certo? Porque essa é a idade que seu cérebro busca referências e começa a plastificar as figuras imaginativas.
Agora você não é mais um bebê, e precisa se reconhecer em si mesmo para evoluir até a independência.
Enquanto estiver olhando para os padrões sociais, após a red pill, sua raiva permanecerá e a mudança não vai chegar.
Antes você se autodepreciava, mas fazia isso no torpor da ignorância. Agora você até pode entender que existe algo errado, mas ainda não reconhece que é preciso limpar a casa.
O que te adianta consumir conteúdo que só fala dos males do mundo, se você não se importa com os males que estão dentro de você? Você vai mudar o mundo? Não. Então que síndrome de super-herói é essa?
Foque naquilo que você pode fazer. E o que você pode fazer é ressignificar os processos mentais que te moldaram.
O que é e pra que serve a ressignificação?
Veja bem, estou falando de ressignificação, e não de fingir que nunca existiu, deletar da existência. Não brinque com a sua mente, porque ela não é tola. Dentro dela existem milhões e milhões de anos de aprendizado evolutivo, então se você fingir que o problema não existe, você só estará enganando a si mesmo, mas o padrão comportamental estará lá: a autodepreciação, o sentimento de fracasso, de impotência, de falta de valor.
Quando eu falo de ressignificar é dar um novo significado aos padrões preestabelecidos. Uma ação consciente de mudar uma interpretação negativa para uma positiva.
Ressignificar não é negar a realidade. Não é negar a sua humanidade. Não é virar as costas para o conhecimento. Não é fingir que está tudo bem. Não é “o quanto pior, melhor”.
Ressignificar é reeducar.
Se você muda os padrões interiores, as profundas programações da sua mente, você muda a forma que interpretas o mundo exterior.
Você começa a enxergar oportunidades em tudo. As experiências se tornam aprendizados valiosos. Você tem a prontidão para perceber caminhos melhores. Você lida com os desafios com uma maior leveza. O impacto do sofrimento se torna mais ameno. Não se sente contrariado quando um projeto não dá certo. Tem mais resiliência. Diminui a procrastinação.
Sabe aquele princípio que diz que a realidade é o sofrimento? Se o teu padrão interno está negativado, você entenderá que não pode fazer nada pra mudar sua vida. Que é assim que tem que ser. E pode cair num hedonismo, ou num isolamento social que pode ser muito prejudicial.
Entretanto, se você está com o seu interior positivado, quando escuta que a realidade é o sofrimento, entende que só sofremos porque não temos nossos desejos atendidos. Quando algo não dá certo, logo nos tornamos crianças birrentas. E como você entende isso, logo enxerga no sofrimento a oportunidade de mudança para algo muito maior.
Veja, são duas interpretações: uma negativa, outra positiva. Podem existir mais interpretações. Isso é só o que pude pensar agora.
Certo. Entendi. E como eu faço isso?
Primeiro precisa se reconhecer, e anotar em quais áreas da sua vida você se autodeprecia.
Por exemplo: você se acha feio?
A beleza e a feiura são balizadas por um consenso social. Se você olhar no passado, os galãs de cinema eram muito diferentes dos de hoje. Os homens tinham uma aparência muito mais animalesca, por assim dizer. Esses homens, nos dias de hoje, não seriam considerados bonitos.
Como eu disse, existe um estímulo social, e então você toma consciência da sua aparência.
Agora, saber da condição da sua aparência é o mesmo que se sentir feio?
NÃO!
Não é tão difícil de compreender isso, certo? Saber algo e sentir algo, são coisas distintas. Consegue ver isso?
Vou além: se sentir feito em nada tem a ver com a sua aparência!
Muitas vezes (digo, sempre!) tem a ver com outras emoções aprendidas que estão gerando esses sintomas. Pode ser um sentimento de não-pertencimento, de vergonha, de humilhação, de impotência, etc e etc.
O que há por trás desse sentimento de baixa estima?
Você precisa se preencher de conhecimento que te leve a uma viagem interior. Chega de explicações mundanas por enquanto. Chega de ginoteísmo, globalismo, geopolítica, sociologia e etc. Isso tudo são reflexos do que tem dentro de você. Ressignificando o que está dentro, a interpretação do que está fora muda.
Existem ferramentas úteis pra isso, mas que a androsfera insiste em falar mal, e aí o rapazinho que leva em consideração tudo o que um cara completamente estranho diz na tela do youtube, acaba ignorando, ou desenvolvendo um desprezo por isso. Vamos a elas.
Meditação
Meditação é apenas uma introspecção onde aprendemos a perceber coisas sobre nós e nosso corpo que não percebíamos antes. E dentro desse mundo de meditação, existem várias técnicas como visualização criativa, meditação ativa, mindfulness, e daí por diante.
E qual é a técnica certa? É aquela que funciona pra você, caro viajante! Experimente todas, e veja em qual você teve melhor resposta.
Hipnose
Hipnose é a forma mais rápida e eficaz que eu conheço de ressignificação. Procure um bom terapeuta especializado em hipnose. Alguns deles, após te ajudar a tratar seus problemas, também te ensinam a fazer auto-hipnose, para que você possa sempre se ajudar.
Dois livros que recomendo pra quem se interessa por hipnose, mas não sabe nada: “Desbloqueie o poder da sua mente: Programe o seu subconsciente para se libertar das dores e inseguranças e transforme sua vida” do Michael Arruda (20 reais pro kindle na amazon). E outro livro muito bom é o “Manual da hipnose clássica: domine a arte da hipnose” do Rafael Kraisch (acabei de ver que tá 13 reais pra kindle na data de hoje).
Livros de autoconhecimento e autoajuda
Essas são ferramentas extremamente desprezadas na androsfera. Dizem que quem só lê isso são pessoas fracas, mulheres, etc. É muita prepotência e arrogância a pessoa achar que é fodão porque agora tomou a red pill. O cara passa a vida inteira num lar fodido, com uma família monoparental, sem referência alguma. Mas livro de autoajuda já é demais!
Nem todos os livros são bons, eu sei. Mas assim como nem todos os professores são bons, nem todos os tutoriais do youtube são bons. Você tem que julgar o que é e o que não é bom pra você.
Ah! E tente não julgar o livro pelo autor. Talvez a posição política dele não te agrade, mas não quer dizer que o livro não presta. Permita-se ler e só depois julgar.
Obs.: audio-books são bons, mas você perde muitas frases boas no caminho. Se você puder ler e ouvir ao mesmo tempo, aumentam as chances de recordação. Mas se não puder fazer isso, escute o audio-book e depois leia aquilo que você escutou num momento mais oportuno.
Filosofia
Dentro da androsfera a filosofia que está em voga é o estoicismo. Eu gosto muito dela, e adaptei muito dela na minha própria filosofia.
Existem filósofos na atualidade muito bons que trazem conselhos pra vida também.
Dependendo, até ler mangás e ver animes podem te fazer refletir sobre si mesmo. Eu recomendei recentemente um anime chamado Vinland Saga. Fate do estúdio Ufotable tem uns ensinamentos interessantes.
Você tem que aprender em todos os lugares. Tudo é oportunidade pra coisas novas, e experiências interessantes.
O monstro do Coaching!
Já que eu tô falando de ferramentas ignoradas pela androsfera, que tal o coaching?
Tudo bem que existem diversos exageros por aí. Mas o coach não é uma profissão, e sim uma ferramenta.
Enquanto na psicoterapia você faz as pazes com o seu passado pra desbloquear aquilo que estava te impedindo de continuar. O coaching te coloca na direção que você precisa pra alcançar os seus desejos de sucesso.
O que suja a imagem do coaching são alguns moleques e pessoas despreparadas que são ótimas vendedoras. Ou seja, pilantra, né? Todo malandro precisa ser um ótimo vendedor porque ele não se garante na entrega.
Procurem averiguar o profissional antes de contratá-lo. Veja a formação dele, e principalmente a idade. Putz! O cara tem 18 anos e se diz coach. Que experiências essa pessoa teve na vida? É o mesmo que uns PUA’s aí da androsfera.
Aliás, esses PUA’s contribuiram até mesmo pra manchar a imagem da ferramenta do coaching. Por onde passam deixam rastro de bosta. Mas não se baseiem nisso, por favor.
Enfim, espero ter trazido um pouco de claridade a determinados assuntos que eu não falei nos textos anteriores. Eu senti que precisava fechar o ciclo, e que uma terceira história seria bom.
Conclusão
Quero agradecer a cada um dos colaboradores que apoiam o meu trabalho aqui através do Picpay. Vocês fazem uma enorme diferença ao patrocinar o meu conteúdo e isso me motiva muito a continuar.
Isso era tudo o que eu tinha pra dizer, forasteiros. E lembrem-se: sigam o seu próprio caminho.
RED PILL Sem Máscaras: Uma Lição Importante (pt 1/3)
https://link.medium.com/EqLZRBMTVgb
O Que Vem Depois da Red Pill: A Jornada Mais Importante (pt 2/3)
https://link.medium.com/W0bymTNTVgb
A Red pill não é o mesmo que liberdade (pt 3/3)
https://link.medium.com/WXXFCk3iUgb
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