Por que as mulheres não são as maiores vítimas de violência doméstica?

Angry Fox Pilgrim
5 min readJun 6, 2021

Hoje vou debulhar o argumento feminista a respeito da violência doméstica. Como dizem “contra fatos não há argumentos”, eu vou aproveitar os dados do Atlas da violência de 2019, fonte primária, enquanto esses números ainda não são fraudados.

Hoje usam falsas estatísticas para criarem ou ressuscitarem projetos de lei demonizadores de homens que estavam na gaveta.

Como usam sempre o Atlas da violência para se basear em alguma coisa, e sabem que brasileiro não para pra ler nenhum estudo complexo, convido você, leitor, para analisarmos juntos esse documentos e vermos que o cenário real não é bem assim como pintam.

Atlas da Violência 2019 — Fórum de violência de segurança pública utilizado para a recolocação do PL 4318/2019 “Namoro sem Violência”, Lei Maria da Penha. Download do documento para acompanhar o que quero mostrar no link: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/relatorio_institucional/190605_atlas_da_violencia_2019.pdf

A supressão começa no sumário

Este relatório estatístico é um dos mais pobres que já vi na vida. Citam coisas sem referências, repleto de opiniões sem embasamento. Parece um relatório feito por um estagiário feminista. Eu senti vergonha lendo esse relatório sabendo que é um documento oficial do governo.

No sumário pode-se observar que não há homens no documento, enquanto que, para mulheres, existem 14 páginas dedicadas. Para não brancos, 7 páginas dedicadas. Para LGBTQ+, 13 páginas.

Como podem ver acima, na página 24 temos o total de homicídios. Para que o argumento mais a frente faça sentido, preciso trabalhar com totalizadores de 2007 a 2017, pois o gráfico sobre violência doméstica utiliza os mesmos números.

- Total de homicídios 618.858

Já na página 41, uma das 14 páginas dedicadas somente as mulheres, tem o total de homicídios de mulheres no país entre 2007 e 2017 que são 49.607 mulheres.

Sendo assim: Total de vítimas homicídios (–) Total de mulheres vítimas de homicídio 2007–2017,

618.858 (–) 49.607 = 569.251

Ufa! Descobrimos o total de homens vítimas de homicídio! Estava bem escondidinho, mas achamos. Foram 569.251 homens vítimas de homicídio.

A tal da violência doméstica

No dia 07/08/2019 na comemoração da lei Maria da Penha e o PL 4318/2019 “Namoro Sem Violência” retornou e está em tramitação. Para a recolocação bastou alegar que existe 39,2% de violência doméstica contra mulheres, mas 39,2% de qual valor? Parece um número assustador quando não mostramos os números inteiros os quais as porcentagens pertencem.

Vamos à página 75 onde mostra homicídios por sexo e local do incidente.

No gráfico temos 39,2% de mulheres que são mortas por violência doméstica.

Total de mulheres mortas por homicídio 49.607 (–) 39,2% = 19.446 mulheres mortas por violência doméstica.

Vamos ver o dos homens que está oculto no documento inteiro. No gráfico temos 15.9% de homens vítimas de violência doméstica.

Total de homens vítimas de homicídio 569.251 (–) 15,9% = 90.511 homens mortos por violência doméstica.

Vamos ao resumo:

HOMICÍDIOS DE 2007 A 2017

TOTAL = 618.858
HOMENS => 92% = 569.251
MULHERES => 8% = 49.607

EM AMBIENTE DOMÉSTICO

HOMENS: 15,9% de 569.251 = 90.511
MULHERES: 39,2% de 49.607 = 19.446

Apesar do documento, o mesmo diz, sem mencionar, mas ainda diz que a cada 5 mortes em ambiente doméstico, 4 são de homens. Ou seja, teoricamente, homens são as maiores vítimas de violência doméstica.

É importante dizer que, para que eu não pareça tão tendencioso quanto esse parco documento oficial, não quer dizer que os homens estejam sendo mortos por suas parceiras, e, tampouco as mulheres estejam sendo mortas por seus parceiros. O documento não fala isso. O documento diz vítimas de homicídios em ambiente doméstico, ponto. Por isso eu digo que esse documento foi um dos mais pobres que já vi. Não tem informação suficiente para as conclusões que eles mesmos tiram. Quer um exemplo? Olha o que eles dizem na página 74 sobre o gráfico 7.7 (print acima):

É interessante perceber o alto índice de eventos violentos letais intencionais contra as mulheres dentro da residência, que correspondem por 39,2%, e que com grandes chances se relacionam com casos de feminicídio.

Viram a diferença entre o que eu disse e o que o documento oficial disse? Eles já presumem que se trata de “matar mulher só por ser mulher”.

Agora a minha opinião. É só uma opinião que tiro olhando esse documento. Por falta de um dado concreto como “índice de homicídios cometidos por parceiro ou parceira”, concluo que os números são tão ínfimos que, se colocados aí, não justificaria o tanto de leis anti-homem sendo criadas.

Acontece? Sim. Há reportagens todos os dias nesses programas televisivos dos horários do almoço e a noite com mulheres sendo mortas por parceiros. Mas a função desses programas não é informar, mas sim chocar. É assim que eles ganham audiência usando o gatilho do medo para ter mais espectadores, e como consequência, terem mais anunciantes pagando no horário.

O que quero dizer é que a mídia não transmite a realidade nesses casos. Mas, de um documento oficial, eu esperava mais.

No decorrer do documento vemos que os homens são mais vítimas de homicídio na residência, na rua, estrada… Mas totalmente ignorados durante as conclusões do mesmo. Algo que deveria ser um relatório, virou um instrumento de narrativa.

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publico certas obviedades difíceis de serem aceitas por mentes ordinárias.

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